Geólogo mostra que no país há cem milhões de automotores movidos por derivados de petróleo, não tendo chegado, por outro lado, nem a meio por cento de carros elétricos.
A ministra da saúde, Nísia Trindade, e o governador do estado, Clécio Luís, estiveram na manhã deste sábado, 13, em Oiapoque, para o lançamento oficial do Mês da Vacinação dos Povos Indígenas, que aconteceu na aldeia Kuhaí, terra dos uaçás, naquele município amapaense, e formalização de documentação para construção de um laboratório de fronteira.
Para o experiente geólogo Antônio da Justa Feijão, a mudança da matriz energética de combustíveis fósseis para a chamada energia limpa, no Brasil, vai para além do que vem sendo propalado no mundo todo, considerando, entre outros fatores, que não há mercado para absorção das energias eólica e fotovoltaica.
As lideranças mundiais preveem que a transição da energia elétrica produzida por combustíveis fósseis, derivados do petróleo, para fontes limpas, venha a ocorrer daqui a 30 anos, mas Antônio da Justa Feijão acha que isso, no Brasil, vai além, podendo alcançar até os 50 anos.
O geólogo vê que o país tem mais de cem milhões de automotores movidos por derivados de petróleo, não tendo chegado, por outro lado, nem a meio por cento de carros elétricos e de hidrogênio. Feijão também olha que no Brasil está havendo redução na produção de etanol, por falta de mercado.
“Estamos pagando para esse discurso num país pobre que precisa de dinheiro para a saúde, e a educação, e para outros setores importantes. Como se quer gerar energia solar, tendo que ter subsídio pago por todos os brasileiros?”, indagou o especialista.
Na ocasião, o geólogo anunciou que o senador Lucas Barreto se mobiliza para realizar audiência pública com o propósito de eficazmente discutir a questão energética. Segundo ele, é preciso procurar meios para que não se deixe que daqui a três anos a população venha a pagar a conta de luz com reajuste de 70% ou mais.
Fonte: Diário do Amapá