Exército dos EUA critica equipe de Trump por visita do republicano ao cemitério de Arlington

Sua campanha divulgou fotos da visita, incluindo uma que o mostra fazendo um gesto de positivo enquanto está de pé ao lado de familiares no túmulo de um dos soldados mortos.

Atualizado em 29/08/2024 16h10 

O Exército dos Estados Unidos criticou nesta quinta-feira (29) a equipe de Donald Trump por uma visita do candidato presidencial republicano ao local de descanso mais sagrado do país, dedicado a seus mortos em combate. Trump visitou o Cemitério Nacional de Arlington, nos arredores de Washington, na segunda-feira, com familiares de alguns dos 13 militares mortos em um bombardeio durante as últimas horas da retirada americana do Afeganistão em 2021. Sua campanha divulgou fotos da visita, incluindo uma que o mostra fazendo um gesto de positivo enquanto está de pé ao lado de familiares no túmulo de um dos soldados mortos. O Exército afirmou que uma funcionária de Arlington foi “bruscamente afastada” quando tentou garantir o cumprimento de uma lei que proíbe atividades políticas na área do cemitério.

“Esse incidente foi lamentável, e também é lamentável que a funcionária (do Cemitério Nacional de Arlington) e seu profissionalismo tenham sido injustamente atacados”, declarou um porta-voz do Exército em um comunicado.

O codiretor da campanha de Trump, Chris LaCivita, descreveu a funcionária como um “indivíduo desprezível”, enquanto o porta-voz da campanha, Steven Cheung, acrescentou que ela estava “claramente passando por um episódio de saúde mental”.

Trump tem usado as críticas à gestão do presidente Joe Biden na retirada do Afeganistão como um ponto central de sua campanha para as eleições de novembro. A retirada foi realizada como parte de um acordo de paz assinado pela administração Trump com os talibãs. O escândalo em torno do incidente em Arlington na segunda-feira é a mais recente controvérsia na problemática relação de Trump com o Exército dos Estados Unidos.

Embora promovesse frequentemente seu apoio às Forças Armadas enquanto era presidente, o republicano zombava dos mortos em combate em conversas privadas, segundo seu ex-chefe de gabinete. 

Fonte: Jovem Pan